quarta-feira, 4 de abril de 2012

Uberaba, saudade!

Roque Palermo, escoteiro desde 1964,  antigo membro do GEI, enviou-nos fotos do Clã Misto Distrital Tupanciguara, nos idos de 1970, em que todos eram da chefia; e  nas horas de folga do Grupo desenvolvia-se  as atividades do Clã, isto deu um impulso muito Grande ao movimento em Santa Maria, pois aproximou e fortaleceu as chefias; e formou novos chefes.
 
O poema abaixo foi escrito e enviado por Roque Palermo, para relembrar da época em que viveu em Uberaba e passou pelo Inconfidentes.


Cidade das sete colinas - Rincão da farinha podre.

No meu andar gaudério
Por lá fiz parada
Na sombra da gameleira
Desatrelei os bois da canga
Embaixo da carreta fiz abrigo
Na palma da mão piquei um fumo
Com a fumaça do palheiro
Espantei os pernilongos
Enquanto sorvia um chimarrão

Por lá fiz muita amizade
Conheci o Luis, Gilberto e o Carlos.
A Dalva, o Paulinho,Tia Rose e o Julio.
O César e o Cezinha - Centro avante matador.
Joana, Ana, Vânia e o Itamar caboclo arretado.
O seu Caetano, o Zézão e o Raimundo.
O Zé da Segurança, Alemão e a Silvana.
Não esqueci de ninguém! Só não lembro o nome.
Para espantar o calor mergulhei
Nas sangas da água emendada

Por lá meus filhos Márcio e Rodrigo foram escoteiros
No 15º Grupo Inconfidente
Fizeram grandes amizades
E viveram momentos felizes graças aos
Chefes: Nivaldo, Regina, Luiz Humberto,
Chefe Fúlvio, Maurien e Janice.
E como esquecer do... do... Quem?!
Como não lembrar dele, era o mais doido... Esqueci!
E das noites de acampamentos então!

Por lá encontrei uma gauchada desgarrada
O João Manoel, Alberi, Oscar e Valdir.
Longaro, Vanoli e os Moratelli.
O Paulo Ness e o Gaúcho Florismar
O Zé Ferreira, Fernando e o Pissetti.
Sem esquecer do amigo Waldivino
O Renato e sua cerveja caseira
Será que estes quéras ainda mateiam por lá
Tinha até o Teixeirinha
Não tocava nada e nem cantava
Mas era baixo e gordinho

Por lá eu vi
Os mineiros e gente de outros estados
Chimangos e maragatos, todos pilchados.
O Jarbas Degraf, o Ivo João Scherer.
Silvani e Edivaldo entre outros...
Por lá também vi
Lindas prendas: Tânias, Geises, Marias e Clarices...
Com seus pares a bailar.

O Jobert e o Pilatti que belas criaturas
Que Deus os tenha no rancho grande lá do céu

Por lá conheci uns trem!
Bão!...Bão! Barbaridade!

O pão de queijo
Que já vendem por aqui
Há! Não é como os de lá
O Gado Zebu, Nelore e o franguinho caipira.
Licor de jabuticaba amanhecida na pinga
Quem bebe não precisa de mandinga
Já a manga colhida no pé tem outro sabor
O queijo mineiro, sem igual.
O Doce de leite, então, humm!

Por lá eu vi
O Tamanduá Bandeira a sestear
Na sombra de uma palmeira
Ouvi o canto da seriema
E sua corrida matreira
O lobo Guará cruzando o cerrado
Em busca da lobeira
Onça eu nunca vi, se visse.
Vasava na braquiára

Como estava de passagem
Logo preparei os trens
Mas antes de por o pé no estribo
Para não fugir da briga e nem quebrar a regra
Com os amigos fundamos o CTG “Cultura Nativa”
Que mantém viva as origens e as tradições do Gaúcho.
Um dia desses encilho o pingo
Ponha a chinoca na garupa
E boleio a perna por lá.

Um comentário:

  1. Chefe Rosely
    Obrigado pela atenção dispensada a nossa matéria , logo enviaremos fotos do 15ºGEI dos idos de 90 á 95, espero ver fotos das atividades atuais
    Abraços a todos Sempre Alerta!
    Roque
    1964 Ano da Promessa, desde então escoteiro.

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