quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Depoimento sobre o Jamboree

Abaixo o depoimento do Ádler (sênior do Inconfidentes) sobre o V Jamboree Nacional Escoteiro que aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, de 15 a 20 de julho/2012.
Vejam, postei fielmente o que ele me enviou, sem mudar uma vírgula.... 
Então, a linguagem é totalmente dele.
Além do Ádler, participaram também nossos escoteiros André, Breno e Pedro Martins.
Parabéns "meninos". Deve ter sido um evento inesquecível.
Sempre Alerta!
Rosely
Sempre Alerta gente! Estou aqui para contar pra vocês da minha experiência no jamboree, da hora de fazer as malas à hora de desfazê-las. 
    Fiz as malas um pouco cedo demais, confesso, na madrugada do dia da viagem, então pude descansar muito pouco antes de cair na estrada. De manhã bem cedinho – 10h - fui à casa do Pedro, passamos na casa do André e seguimos viagem para Uberlândia de onde saía nosso vôo, na verdade, nossos vôos pois o meu vôo era antes e fazia escala em São Paulo, já os meninos embarcavam depois e faziam escala em BH. Chegando ao aeroporto embarquei no vôo para São Paulo, onde conheci o Lucas, um rapaz de 27 anos que havia se formado na Uniube e trabalhava em São Paulo, meu outro vizinho de poltrona estava fissurado em uma leitura o vôo todo, então não conversei muito com ele. Lucas era um rapaz muito simpático que me ajudou muito a caçar um rumo no Aeroporto em São Paulo, pois aquela cidade me mete muito medo. Peguei meu vôo em São Paulo e segui para o Rio. Neste vôo eu conheci uma mulher de Fortaleza (sim, eu entroso com todo mundo – problems??) e uma Garota de Belém do Pará que me disse que a comida de lá é ótima, inclusive eu estava morrendo de fome e fiquei SUPER afim de continuar no avião só pra comer em Belém. Ela também me disse, que da mesma forma que aqui a gente usa a gíria “tipo assim” lá eles usam “égua”, bizarro eu sei. Então finalmente nós chegamos no Rio. Mas aí já é outro parágrafo.
   Chegando no Rio, eu fiquei mais perdido do que amendoim em boca de banguela: Do nada um grupo enorme de escoteiros passava por mim e de repente sumiam todos, passei por isso umas três vezes até que uma senhora chegou pra mim e disse:
- Eu to vendo que você ta meio perdido, né?
- Então né, to. – Eu respondi.
- Os escoteiros estão no saguão de cima, todos estão indo pra lá. Eu estou esperando meu neto de Minas.
- Ah, que legal eu também sou de Minas.
- É... Eles são de Uberaba.
_ EU TAMBÉM SOU DE UBERABA!  G_G  
E foi assim que eu conheci a avó do Pedro, FIM.
...Depois que os meninos chegaram, ficamos no Aeroporto horas e horas esperando a nossa vez de pegar o ônibus para finalmente chegar no local do acampamento.
    Chegando no acampamento como eu fiquei...? Sim, perdido de novo. Não sabia nada a respeito de onde eu ficaria nem com quem. Então encaminhei os meninos, fui atrás de informação. Deu tudo certo, jantamos e fui tomar banho...
1 MINUTO DE SILÊNCIO: O BANHO ERA GELADO – E TAVA FRIO.
Agora eu vou resumir o que mais marcou em cada dia, para não ficar muito chato longo o texto:
1ºDia: Foi horrível, queria ir embora. O que eu tava fazendo ali?? Mas é normal. Ainda mais pra quem vai sozinho como eu, o primeiro dia é o dia da depressão. Como nesse dia o acampamento ainda não havia começado eu me sentia perdido e deslocado, mas a noite foi chegando e eu fui conhecendo o povo, não foi uma maravilha, mas eu me senti menos mal. Para melhorar, depois do banho frio a fila pra janta estava FARAÔNICA, comprei um hambúrguer e comi like a boss.
O show de abertura foi péssimo –vocês vão pensar que eu odiei o acampamento, mas não. FOI ÓTIMOO e eu também não dou tanto valor a esses momentos grandiosos – depois voltei para a barraca e fui dormir, odiando dormir sozinho na barraca.
2ºDia: Nesse dia nós tivemos: O módulo Descobrimento e Exploração
minha roupa está de molho até hoje
com direito a rapel, paintball, bússolas e muito barro; O módulo Artesanato Brasil no qual eu fiz um apanhador de sonhos e um banco; E o módulo Feira das Cidades – Eu fiz a farra do boi nesse módulo – vocês viram na parte do avião o quanto eu odeio conhecer gente diferente, então. Bebi refrigerante JESUS do maranhão, refrigerante de gengibre do Paraná , comi doce de taparicurariosdijdj sei lá o que e aproveitei pra trocar meus lenços. Se dia de pouco é véspera de muito eu não sei mas esse dia FOI D+.
3ºDia: Esse dia começava com tempo livre então eu aproveitei pra fazer o que eu não fazia há muito tempo, dormir bem.  Depois, tiramos a foto oficial do subcampo
e fomos ao módulo Brasil sustentável onde nós fizemos vários itens da IMMA, inclusive um teatrinho
 e aprendemos a medir a qualidade da água e a fazer um fogão solar. À noite tivemos noite escoteira, com apresentações de teatro e música, eu dei uma escapada e fui dar um rolé nos outros subcampos e vi uma apresentação do pessoal do sul no subcampo XAVANTE que era praticamente uma super produção de Broadway  – parabéns pra eles.  Nesse dia o sol tinha resolvido aparecer pela primeira vez e como no dia seguinte iríamos à praia ficamos animados.
4ºDia: Módulo Sol e Mar:
Daí choveu. Dahora a vida né? Fez muito frio e só o pessoal do sul nadou direito. Mas foi incrível, eu joguei vôlei, aprendi a jogar rugby e andei na headline, uma espécie de corda bamba – sou muito bom nisso por sinal. De noite eu descobri o UNICO chuveiro quente de todo o acampamento HAHAHA e tomei banho like a boss. Depois teve um show musical. Muito samba, muita farra e muita animação, eu dancei muito e descobri que o Carlinhos de Jesus é escoteiro. Voltei pra barraca pra dormir e AMEI estar dormindo sozinho na barraca - como as coisas mudam.
5ºDia: Fomos conhecer o Rio, se fosse pra eleger um dia em que eu senti frio, foi esse. Fez frio o dia inteiro de cabo a rabo, e fiquei sabendo que fez frio aqui em Uberaba também. AHAM  ISSO, lembra daquele dia frio? FOI AQUELE. Passamos pelo centro da cidade que sempre me deixa bobo com a sua grandiosidade porque sou caipira
e fomos ao forte de Copacabana. Muito interessante visitar o forte, ainda mais pra quem gosta de história como eu. Depois fomos ao Cristo. Ao voltarmos teve o “Festival do Folclore” que na verdade foi uma party rock que deixou os Staff’s (voluntários da organização) loucos com a vigilância à noite, eita, essa noite foi fogo.
6ºDia:  Nesse dia o módulo foi: jogos da nossa gente, foi divertido jogar com o pessoal da minha patrulha e com o Nilo um garoto que conheci do Ceará. Fiquei chateadíssimo porque descobri que sou péssimo em Bocha (um jogo) e não ganhei o “distintivo prêmio”. Os meninos ganharam. Depois fomos para a aldeia Brasil de desenvolvimento onde eles te davam uma garrafa PET e mandavam você fazer algo eu e meu grupo fizemos uma bolsa que foi um sucesso, a melhor coisa que tinham feito até então. Depois eu fui aprender a aproveitar integralmente os alimentos aprendendo a fazer comidas bizarras, porém gostosas; e conheci mais sobre um jogo chamado Play the call que será lançado em 21 de DEZ, no dia do fim do mundo.  http://playthecall.com/ . Após isso, foi feita a cerimônia de encerramento, eu também não gostei muito não, mas detalhes.
Ultimo dia: Esse era o dia de juntar as tralhas e picar a mula, como a minha barraca tava um brinco eu arrumei tudo certinho e fui ajudar os meninos, chegando no campo deles eu entrei em choque. A barraca deles... não... A barraca deles... Bem, até hoje estou em choque. O Breno já tinha ido embora e só não tinha esquecido as roupas do corpo, mas também com aquela bagunça capaz dele perder o braço lá dentro e nunca mais achar. No final terminamos tudo e fomos embora pra casa da avó do Pedro, almoçamos fast food no shopping e eu me senti assim:
Pegamos o metrô e como não deu tempo de chagar no teatro da Gávea para assistir o musical Quase Normal, ficamos em Copacabana onde eu gastei milhões comprando tudo quanto há de bobeira.
Enfim, depois pegamos o vôo de volta pra cá com o pessoal de Ituiutaba.
    No mais, Jamboree é isso. Dá aquela vontade de ter tirado mais foto, ter gravado vídeo, de ter guardado um maior pedaço de tudo o que aconteceu. Aproveitei ao máximo, e espero que todos que foram também tenham aproveitado! Obrigado e SAPS! (Ádler)

6 comentários:

  1. Quando eu disse que não gostei do show, não foi por causa da banda, que tava ótima - parabéns - mas mais por uma questão de gosto pessoal mesmo.

    ResponderExcluir
  2. Anônimo2/8/12 23:29

    Valeu Ádler,
    Tivemos uma visão e tanto do Jamboree, suas atividades e aventuras. Parabéns pela iniciativa.

    Anízio Bragança Júnior

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Realmente, Anízio. Eu que não imaginava como era estar num evento deste porte, agora posso dizer que já tenho uma pequena ideia. E estar nele deve ter sido uma experiência inesquecível. E o Ádler soube colocar em palavras de maneira primorosa.
      SAPS - Rosely

      Excluir
  3. Anônimo3/8/12 10:13

    Muito legal este diário...que soube pelo face.

    Parabéns e obrigado pela narrativa.

    Ricardo Lane

    ResponderExcluir
  4. Anônimo3/8/12 14:41

    Muito legal seu depoimento Adler! Gostei! Continue assim!

    Soraia
    Gesfa 9/SP

    ResponderExcluir
  5. Ainda não tinha lido e sua narrativa responde minha pergunta nos dando uma ideía das emoçõese da participação no evento. Pela emoção que sentimos ao ler vê-se que "valeu a pena eh-eh". Abços. Jorge

    ResponderExcluir